sábado, 6 de novembro de 2010

Novidades editoriais


Na mais recente obra de Alain de Botton, o mundo do trabalho é radiografado. Numa época de falta de emprego, de perigo (crise NÃO), onde quem tem um emprego se pode dar por feliz, onde não temos tempo para pensar o que somos.. O que é? sou professor! Ah é? O que o senhor é é professor? Não é algo antes disso? O senhor é a sua profissão??! OK, nesta época de especialização e estratificação dos processos de produção, o real significado do trabalho escapa-nos, o nosso ou o dos outros. Homo faber? Vivemos do e para o trabalho?? Sem termos uma noção exacta dos seus objectivos, efeitos e contributos para a espécie humana, afinal, o trabalho parece escravizar-nos mais do que servir-nos e satisfazer-nos. Quem o diz é Alain de Botton, que procura enriquecer o nosso entendimento prático da vida contemporânea. Alegrias e Tristezas do Trabalho,é feito de fotografias documentais e descrições fotográficas dos mais diversos cenários de actividade profissional. O autor, despretensioso, a meu ver, com uma linguagem simples e cativante, questiona o valor atribuído à satisfação ou insatisfação proporcionadas pelo trabalho, chegando mesmo a parodiar sobre a nossa quase total sujeição do indivíduo ao trabalho. Esquecemo-nos por vezes da nossa finitude. E como todos sabemos, o trabalho deve ser levado com alegria e boa-disposição, senão é proporcionalmente directa a quantidade de trabalho que temos e a possibilidade de pirarmos!!.. 
Já agora, um vídeo do autor sobre sucesso, fracasso, snobismo e meritocracia na carreira profissional ;)

Nenhum comentário:

Postar um comentário